quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Fudido da tampa

Hoje é um daqueles dias
Um dia que me sinto no fundo
Tenho um olhar triste e casado
Mas afinal qual é o meu mundo?

Ando aqui a fazer o que?
Viver por viver?
Chorar por chorar?
Crescer por crescer?

Mas que mundo é este?
Como pode ser possível viver neste meio?
Mas porque a indignação?
Tou farto tou a rebentar, tou cheio…

Sinto-me a mim nem sei como
E não estou na idade do porque
Mas afinal o que se passa
Ouço analiso observo e digo, o que?

Como pode ser o humano tão cruel?
Mas afinal qual é a razão de respirar
Se as pessoas são absurdas e frias
Mas qual o sentido de não respeitar?

Por vezes sou frio, eu sei que sou
Mas será por levar rasteiras?
Será por estar farto das pessoas
Ou é mesmo porque não á maneiras

Maneiras de melhorar, de me libertar
Por viver num mundo podre e angustiante
Mas qual o lado bom da vida?
Acho que só mesmo a natureza e o respirar

Respiro porque estou vivo
Talvez fosse melhor não estar
Por vezes penso nisto
Neste mundo vale a pena respirar?

Mas será que deveria estar contente?
Será que devia estar feliz e sorrir?
Olho no espelho e acho ridículo
Mas porque continuar a mentir?

Será que tenho de ser conformista
Mas eu não quero provar nada
Melhor seria ser pendurado numa cruz
E ficar debaixo duma violenta trovoada

Mas também não quero ser perfeito
Ser hipócrita e não ser directo já mais
Para isso preferia não estar vivo
Ou mesmo viver no meio de outros animais

Mas será que tenho de me esforçar para ser normal?
Mas cada um é como é, e como entende
Mas será que temos de fazer tudo igual?
Por vezes o meu instinto surpreende

Mas não somos todos normais
Mas porque tanta estupidez
E porque os ?????????????
E porque se mistura com a minha lucidez?

Tou no fim…que se foda… enfim...

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