domingo, 25 de maio de 2008

A cura ...

Através de mim vi, que o amor é a luz
Que se luta constantemente com o tempo
Traçamos batalhas num afogar de mágoas
Ou de alegrias de sonhos de um só sentimento
O amargo é o sabor de todas as derrotas
A aprendizagem é sempre uma mais valia
Memo doendo ganhando ou perdendo
O que importa é conseguir adormecer hoje
Porque amanha irá e vai ser sempre um novo dia
Não importa se choramos ou ouvimos melodia
Podemos apenas levar a saudade e recordações
Faremos sorrir e chorar muitos corações
Mas não vai passar de momentos
Alguns alegres, com muita felicidade
Outros tristes, com muita saudade
Mas a vida é momentânea e assim vai ser
Todo o sempre e teremos de aceitar
Temos de aprender a dar mais valor
Melhorar a nossa maneira de passar por cá
Aprender a lidar com toda e qual quer dor
E de uma vez por todas descobrir
Que a cura é simplesmente : o Amor

terça-feira, 13 de maio de 2008

merdinhas...

O que não se percebe da vida?
Quase nada ou quase tudo
Tentamos entender algo
Mas mais valia ser surdo
Não ouvir nada, nem dizer
Por tempos ser também mudo
Não pensar, nem nada fazer
Declinar no refúgio do meu ser
Aparar-me a mim mesmo
Passar a mão na própria nuca
Sem os cabelos nos dedos
De mais esta vida insana e maluca
Enxugar as lágrimas derramadas
Com um simples passar da palma
A mão que tenho orgulho em mexer
Enxuga as da cara, mas não as da alma
E assim bate o coração da mesma forma
Bate destemido, umas vezes forte
Outras vezes mais faço que o normal
Mas não solta um único gemido
Porque os gemidos vêem da alma
Esta mesma que dizemos ter
Que talvez seja mais uma invenção
Mais uma púrpura desilusão ser
Corpo e alma constantemente
Meros animais que andam de pé
Mas a força esta na capacidade da mente
Qual é o significado da vida, qual é?

Comboio...

Um dia apanharei o comboio
O comboio que vai em direcção
Ao azul do céu ou vermelho inferno
Vou apanhar o último vagão
Pois um dia ele vai chegar
E não vai dar mais revolta
Vamos embarcar sem bilhete tirar
Um bilhete de ida mas sem volta
Vamos para outras paragens
Outros sítios, novas paisagens
Vai ser carregado de cinzas ou terra
Vamos passar a ser pequenas miragens
Pequenas lembranças passadas
Que um dia num corpo encarnou
Vamos apanhar boleia do comboio fantasma
Este mesmo que partiu e um dia voltou
Para se afirmar em um novo ser
Para começar uma nova etapa de vida
Talvez melhor ou pior que a outra
A outra deixada que já fora vivida
Esperar que o destino seja azul
Com campos magníficos esverdeados
Sem sentir o sabor da cinza ou da terra
E não sentir o cheiro a corpos queimados

segunda-feira, 12 de maio de 2008

passagens

No caso de uma eventualidade
Que se reage com frontalidade
Mais um desencontro com a vida
Mais um ponto de partida da verdade
De uma verdade realista, pura, cruel
Que desenrola no entrelaço vivido
Nas suas sentimentalidades diárias
Um momento alegre, outro sofrido
A vida é isso mesmo momentos
Uns muito positivos, radiantes
Outros sofridos, desiludidos
Mas são momentos, são constantes
Devemos alegrar-nos de estar vivos
Agradecer o facto de poder respirar
Sentir todos os contactos permitidos
Sorrir para a vida e apenas caminhar
O caminho vai ter final, o fim da estrada
A estrada da vida sofre uma interrupção
Dá o melhor de ti, orgulha-te de quem és
Talvez a tua alma um dia, num outro coração

domingo, 11 de maio de 2008

Meu Anjo

Tu és o meu anjo
Que caiu do céu
E na terra nasceu
Que brilha de noite
Floresce de dia
Entrelaça a vida
De uma forma sentida
Exprimida em gestos
Gestos de ternura
Gestos de afeição
É pureza pura
Que alimenta o coração
Amor sonhado
Ou um amor de sonho
Onde não à medo
Nem nada de medonho
Apenas coisas boas
Mesmo sendo eu
Uma espécie de arcanjo
Seja como for ou der
És tu o meu anjo

Vagueando

Mais um bafo num cigarro
Inalo o fumo destemido
Escrevo as 3:41 da madrugada
Mas não é que me faça sentido
Vejo o tempo passar, sem parar
Corro com ele ou tento acompanhar
Em passos largos me alongo
Mas tudo não passa de um assombro
De léguas perdida na estrada
Ou quilómetros perdidos no mar
Corro robusto e apressadamente
Para o seu passo acompanhar
O passo do tempo é inevitável
Nunca o conseguiremos abrandar
Mas desistir não, impensável
Mas um dia iremos mesmo parar

Caminhos...

Os caminhos da vida são tresloucados
Mau seria se a vida não tivesse devaneios
Que muitas vezes a nós mesmo alheios
Pequenos pedaços de loucura, trocados
Confundidos por vezes na dor
Que nos fazem sentir um prazer enorme
Mesmo que tenha um pouco de ardor
De uma forma unilateral e conforme
Mas a vida é mesmo assim, louca
Os melhores momentos, são :
Passados sem uma peça de roupa
Desde o dia em que nascemos
Até ao sermos reprodutores
Entre varias paixões perdidas
E entre tantos e variados amores
Corremos, saltamos, pulamos
Perdemo-nos desnudados
Não sabemos o rumo, onde estamos
Mas seremos sempre abençoados

Olhar Sentido

Olho atentamente o teu caminhar
Os teus gestos e tudo que vem de ti
Recebo tudo aquilo que transmites
Sinto-o como nunca o senti
A compreensão e toda a nossa calma
Toda a ingenuidade e destreza
Que nos corre levemente na alma
Como se fosse uma espécie de certeza
De algo que nos estremece e inunda
Que nos leva a sorrir mais e cada vez melhor
Algo de sentido que nos abunda
E nos diz que estamos juntos até para o pior
Viajamos juntos nos sentimentos
Viajamos juntos nesta vida
Compartilhamos belos e loucos momentos
E nunca vamos dar uma luta por perdida
Lutaremos mais e melhor com toda a força
Que temos no corpo e na nossa mente
Já te disse que és o meu eterno anjo
E assim espero que o sejas hoje
Amanha, sempre, constantemente

sexta-feira, 9 de maio de 2008

pra ti ... 5

Eu amo-te mais do que as palavras possam exprimir
Ou até mesmo que os sentimentos possam sentir
Transborda todas as margens, este mar imenso
È algo mais que amar, viver, sonhar
Quando eu te sinto ou penso
Amo-te, espero eternamente
Sentir o presente…

Algo Mais ...

Na minha cidade me encontro
Olho o céu cinzento-escuro
Abro o portão da minha vida
Para não ter de saltar o muro
Os meus passos mal eu os sinto
Entro de mansinho e suavemente
Se pudesse voar, ai sim voava
Mas não tenho essa força de mente
Continuo na charada interiorizada
Á procura de algo, que faça sentido
Cavo até o solo mais duro se for preciso
Para resolver o que se passa comigo
Mas será que é comigo que esta errado?
Ou será com toda a gente que nos rodeia?
Prefiro andar ao em vês de ficar estagnado
Ou até mesmo preso por esta enorme teia
Somos consumidos e consumimos consumismos
Nas nossas vidas foi implantado o consumo
A isto que todos nós chamamos de sociedade
Vai-se extinguir e levar um novo rumo
Vamos ser como os dinossauros…
Vão apenas sobrar os nossos esqueletos para marcar
A presença de um ser inteligente mas ignorante
Que o seu próprio habitat acabou por exterminar

Algo...

Vagueamos pelo tempo
Ocultando a existência
A verdadeira proeza viva
É não mais que sobrevivência
Como tumulto cada vez mais
Que se rege passo a passo
Ou como um mero circulo
Quando delineado com compasso
Ou como uma note musical
Que de um instrumento soa
Somos meras almas vagabundas
Que andam por aqui e ali à toa
Somos tão espertos e inteligentes
Mas não sabemos conservar
Vivemos num belo planeta
Que iremos e vamos exterminar
Nem nos damos conta disto
O que importa é viver
Mesmo tentado essa tal vida
Acabamos apenas a sobreviver