sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Ai que merdinha

Por vezes deixo-me levar
Tal como as folhas
Que o vento transporta
Subo mais uma calçada
Abro uma nova janela
Fecho uma nova porta
Arrumo tudo num sítio
Desarrumo outro lado
Penso que estou a ser activo
Mas no fundo estou parado
Estagnado no quotidiano
Numa forma de luta
Numa correria imensa
Continuo a minha disputa
Entre mim e o eu mesmo
Sem parar para pensar
Porque pensar cansa
E quero correr sem cansar
Fazer coisas e sorrir
Sentir-me livre para a vida
Estar de braços abertos
Ver que esta não esta perdida
Sentir o bafejar dos seus ecos
Guiar me por entre o seu hálito
Dirigir para o destino sulfurado
E ai sim vou desfalecer, morrer
Vou mesmo parar e ficar estagnado

1 comentário:

Anónimo disse...

belissimo este poema obrigado por partilhares.

bjs